in≈sular
publicação
2024
𝚒𝚗≈𝚜𝚞𝚕𝚊𝚛 é uma obra de base texto-sonora, que antes de qualquer coisa, é a materialização de uma bagagem imensurável carregada do encanto dos encontros. Desenvolvida durante minha residência no Institute for Public Architecture, faço uma leitura sobre saberes e práticas espaciais desde Atlântico Sul. O símbolo “≈” é usado nas ciências exatas para representar algo que é “aproximado” e com isso, investigo aproximações entre o interior e exterior do nossos mundos, com troca de experiências comuns na afrodiáspora contemporânea e o reconhecimento das diferenças e inexatidões. Construo na prática o que sugiro de pensamento insular.
No seu núcleo, há uma publicação de diálogos conduzidos por mim - nascida na ilha de Vitória (Espírito Santo, Brasil) e residente na Governors Island (NY, Eua), de setembro a novembro. Nela eu dialogo com quatro mulheres cujas práticas se conectam às águas ao Sul, através de diferentes linguagens: entrevista com Sônia Rodrigues (psicóloga e gestora cultural, Brasil / @soniarodriguespsi); contação de estórias com Gabriela Leandro Pereira (arquiteta e professora, Brasil / @gabrielagaiaa); correspondência de tracklist com Patti Anahory (arquiteta e curadora, Cabo Verde / @patti_anahory); carta a NourbeSe Philip (poeta e escritora, Tobago/Canadá / @nourbesephilip).
Abrangendo experiências partilhadas com o som, o meio ambiente, os arquivos, as paisagens, as memórias de família e as viagens, e inspiradas por questões centrais de Naná, Glissant e NourbeSe o projeto traz sugestões de arquiteturas invisíveis, onde as águas moldam não só o espaço, mas também as técnicas e os modos de conhecimento.
Ouça a trilha sonora aqui.
Agradeço especialmente à elas, bem como às demais pessoas que tornaram essa obra possível:
Design gráfico: Maria Mariana (@mmmariamariana)
Suporte edição: Caio Silva
Suporte tradução: Jamal Gaddis
Direção sonora: Maria Luiza de Barros e Ramon Santos (@ramonzooo)
Foto: Rafael Segatto (@pacienciadepescador)
Todas os colaboradores pela Benfeitoria.
-
𝚒𝚗≈𝚜𝚞𝚕𝚊𝚛 is a text-sound-based work that, above all, materializes an immeasurable journey shaped by the charm of encounters. Developed during my residency at IPA, it offers a reading of spatial knowledge and practices from the South Atlantic. The symbol “≈” is used in the sciences to represent something “approximate,” and with it, I explore approaches between the inside and outside of our worlds, sharing common experiences in the contemporary Afro-diaspora while recognizing differences and uncertainties. This work embodies what I propose as insular thinking.
At its core is a publication of dialogues led by me — born on the island of Vitória (Espírito Santo, Brazil) and a resident of Governors Island (NY, USA) from September to November. In it, I engage in conversations with four women whose practices connect with the waters of the South, using different approaches: an interview with Sônia Rodrigues (psychologist and cultural manager, Brazil); storytelling with Gabriela Leandro Pereira (architect and professor, Brazil); tracklist correspondence with Patti Anahory (architect and curator, Cape Verde); a letter to NourbeSe Philip (poet and writer, Tobago/Canada).
The project embrace shared experiences with sound, environment, archives, landscapes, family memories, and travel. Inspired by key ideas from Naná Vasconcelos, Édouard Glissant, and NourbeSe Philip, the work proposes invisible architectures where waters shape not only space but also techniques and ways of knowing. I am especially grateful to these women and to everyone who made this work possible.